Cada pessoa tem uma forma de atingir os seus objetivos. Há quem planeje, planeje e planeje com muitas planilhas e gráficos e há aqueles que possuem objetivos, mas jogam para o universo e esperam que o milagre aconteça. Porém, a maioria das pessoas não possuem poder aquisitivo suficiente para errarem e acertarem o quanto quiserem.
Se perceberem que não gostam da graduação que escolheram, que ao receber duas ofertas de emprego, optaram pela oferta que acabou se revelando não ser a melhor para a carreira, se receberam propostas de emprego e ignoraram, enfim, cada escolha tem suas consequências. Porém, quanto menos recursos financeiros e mais idade você tem, mais você demorará para se recuperar se for uma decisão ruim.
Com base nisso, creio que um projeto de vida possui três grandes pilares: ter, fazer e ser. Antes de abordar cada um, é importante mencionar que é preciso ter sinergia entre a vida acadêmica, profissional, social e pessoal. Planejar morar no melhor bairro da sua cidade e não pensar em quanto custa este projeto, pode render muita frustração e nos casos mais extremos, dívidas. Portanto, o ter, fazer e ser precisa englobar todos os aspectos relevantes da vida de alguém.
Um projeto também não deveria ser totalmente inflexível. Claro que “sonho a gente não desiste, a gente adia”. Porém, se este sonho custa a sua paz, os seus relacionamentos, a sua saúde e os seus valores, será que vale mesmo a pena? As percepções do mundo vão mudando, os quereres também podem mudar e está tudo bem. Faz parte do processo de amadurecimento entender qual é realmente a vida que se quer e tentar fazer com que ela aconteça.
Por isso, o primeiro passo a ser definido é o que alguém quer fazer da vida. É interessante pensar nisso em ciclos de cinco anos. O que alguém gostaria de fazer dos 20 aos 25 anos. Então aos 24 anos definir as metas dos 26 aos 30 anos. A cada ciclo de cinco anos, quais são os objetivos: fazer um curso, uma viagem, estudar idiomas, um instrumento musical, atividade física. A lista é infinita.
Já o segundo passo, é importante para definir o que alguém quer ter. Em cada ciclo de cinco anos, o que será conquistado: uma casa própria, filhos, um emprego ótimo, um empreendimento, um carro… A lista vai desde bens materiais a relacionamentos. Mas, cuidado, pois para ter você precisará fazer e isso poderá afetar o ser. E o ser é a parte mais complexa deste planejamento.
O terceiro passo é o ser. Mesmo que de forma involuntária, as pessoas definem o que elas serão. Os ciclos são mais demorados, talvez a cada 10 ou 15 anos seja importante definir quem se quer ser: uma pessoa bem humorada, menos estressada, uma pessoa feliz. O ideal é que as pessoas se percebam e decidam quem elas querem ser. Que o que elas são não seja obra do acaso ou da sorte. Que as pessoas escolham o que elas querem ser, busquem isso e sejam de propósito.
#projetodevida