Durante muitas décadas, as pessoas acreditaram que ser alguém na vida era ter uma graduação e ter um emprego em uma empresa a vida toda. Aos poucos, os empregos começaram a durar cada vez menos, os direitos trabalhistas foram diminuindo e as exigências de qualificação profissional foram aumentando de forma acelerada. Para alguns, o caminho mais seguro é fazer concurso púbico para ter alguma estabilidade. O mercado de trabalho tem mudado muito e as oportunidades de bons trabalho têm diminuído dando lugar a um empreendedorismo despreparado.
Atualmente, as empresas gostam de explorar a palavra inovação. É importante afirmarem que são inovadores, que gostam de pessoas inovadoras e com perfil de dono. Os cursos dos mais diversos se proliferam no Brasil e no exterior, as pessoas investem em idiomas, palestras, imersões e o que mais puder ser colocado no currículo como atualização profissional.
Enquanto as habilidades técnicas ainda chamam a atenção do mercado, a necessidade de habilidades socioemocionais cresce em paralelo, sem que se saiba exatamente como medi-las e desenvolvê-las. É claro que a inovação e a busca por conhecimento são necessárias, mas as polarizações políticas dos últimos anos têm exposto, por exemplo, algo que não era tão notório anteriormente: as habilidades socioemocionais não estão sendo desenvolvidas com a mesma intensidade que as habilidades técnicas. Há gestores com muita capacidade técnica sem nenhuma habilidade de liderança, pessoas que inovam em seus trabalhos e não sabem trabalhar em equipe. Há também uma dificuldade em ouvir e argumentar de forma educada e inteligente com que pensa de forma contrária.
A falta de educação chega ao nível básico de higienização e amabilidade. A tecnologia não ensinará empatia, tolerância, respeito às diferenças e o trabalho em equipe. A tecnologia também não ensina a utilizar o banheiro de forma correta. É preciso perceber urgentemente que a competição pode ser substituída pela colaboração e que não é necessário ganhar sempre. Além disso, o caminho percorrido sozinho é mais rápido, porém, mais curto do que o caminho percorrido acompanhado. O resumo que se pode fazer é: há tecnologia e técnicas de trabalho muito bem desenvolvidas, porém o ser humano precisa lembrar sobre o que ele é.
Quantas gerações serão necessárias para que as pessoas aprendam a não desperdiçar recursos naturais, a respeitarem uns aos outros e a usar a tecnologia para ter mais tempo para o que importa e menos tempo com futilidades que em nada acrescentam a sua existência? As habilidades socioemocionais são o que diferencia os seres humanos das máquinas. Estas habilidades são cada vez mais necessárias e não são priorizadas como deveriam.
Desenvolver habilidades socioemocionais leva muito tempo. Com estas habilidades, as pessoas se tornarão melhores e o resultado do seu trabalho também será melhor como consequência disso. As empresas deveriam priorizar o desenvolvimento destas habilidades.
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